quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Happy New Year


Um Maravilhoso 2010!!!

Que este seja um ano percorrido na Yellow Brick Road!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009















Não usas tinta para me criar, serves-te de fragmentos de alma para me compor!

Y

La Perle Rouge





















Identidades são indiscutíveis, no sentido em que ninguém as pode absorver a não ser o próprio! E mesmo assim...tantas dificuldades talham o caminho da consciência... Mas porque os circuitos internos de um coração podem ser decalcados em papel timbrado para aquele que pensa, exalta-se o valor. Mas o valor de ser valoroso, não o valor da ostentação...

Nunca paramos por mais que nos queiram parar. E é por isso que se pintam em lábios vermelhos (dos que têm carisma) tantas indecisões, obstáculos verdadeiros e fantasmas autistas, mas sempre com odor enebriante. Tão fácil era ignorar o que corta a corrente sanguínea e pairar num banho de espuma onde as bolas são de sentimento e vontade de respirar. Mas assim perdia-se o glamour impresso naquele que tanto carácter tem, o non sense experimental, velho ou pulsante.

Quem é quem? Quem é quem quer ser e quem vai ser quem não é? As dúvidas encontram-se a derrapar na beira do abismo de vermelho abissal, mas ainda assim não pedem socorro... Tenho tantos átomos a compor a minha matéria e não consigo escolher um... Vivo com eles, eles vivem para mim e vive-se com o que cada um de nós dá neste circuito único e incrível! Vivam as batalhas de anjos renegados, esquecidos ou que se fazem esquecer! Viva quem tem identidade e viva quem a procura mas nunca a larga... Viva-se desde sempre e para sempre com a Pérola Vermelha!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feliz Natal!!!

Que os desejos caibam todos no sapatinho (se possível nos 2).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sótão

















Aqui me tens sótão
No andar onde não há mais
Senão tu que pintas ilusão
No céu de efeitos especiais!

És um recanto oculto, alquimia
Dás-me os teus segredos preciosos
Dou-te tudo, honestidade e nostalgia

Naqueles, nestes momentos ebriosos!

Peço-te então grande pequeno
Que não sucumbas ao que é falso
Presenteia-me na cólera e sereno
Faz-me o diário do teu percalço.

Todas as cores aqui são diferentes
Nunca tinham estes olhos observado
Tal gradação de tons imponentes
Fazem deste um étage maravilhado.

Solitários aqui estamos sótão
Mesmo que partas deixa ligação
Não me renegues, dar-te-ei a mão
Guarda que eu luto pela preservação
...deste, do nosso, individual, conjunto coração!

Antarctica

Hooverphonic

Forever connected to me Y!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Profundezas
















Vejo com uma lupa e sinto com um estetoscópio!

Assim posso absorver e reter o que não está ao alcance de quem apenas tem olhos e coração. E é por isso que muitas vezes não se percebe, é por isso que muitas vezes se desvaloriza aquilo que tem uma dimensão enorme. Camuflado, de patente registada e com personalidade, pode ser desprezado mas a verdade é que este estado está para além do (que) vale!

Heaven Can Wait



Charlotte Gainsbourg & Beck

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tons





















Loucuras vincadas no meu corpo... Nas pernas, nas costas, nas mãos, na cara materializam-se todas as pinturas. Mas pinturas sem cor. Soturnas, profundas e às vezes moribundas. Proibidas como as minhas ideias, ocultas como certas palavras, fracas. Mas pulsantes também, sedentas de identidade, a debaterem-se pelo grito do protagonismo. Maravilhosas e resplandecentes aos olhos vermelhos e indiferentes a quem não tem olhos. Só quem não quer ver pode afirmar que não sente, porque não quer sentir...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

My Weakness





















Os meus fantasmas são tão débeis que apenas sugam a essência a estímulos convincentes!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Raymond Dufayel: Voilà, ma petite Amélie, vous n'avez pas des os en verre. Vous pouvez vous cogner à la vie. Si vous laissez passer cette chance, alors avec le temps, c'est votre cœur qui va devenir aussi sec et cassant que mon squelette. Alors, allez y, nom d'un chien!

domingo, 29 de novembro de 2009

Souvenirs















Penso em ti quando oiço Thievery Corporation e quando vejo o Le Fabuleux Destin D'Amélie Poulain! Lembro-me do misto que é em ti a vontade de viver e ao mesmo tempo a ponderação da clarividência. Lembro-me de como me faz bem ouvir a tua voz e escutar as tuas palavras. E podia dizer tantas coisas mais... Podia fazer um post elaborado mas é só um post sincero... Um dia sei que vou sentir o que me ensinaste a sentir com alguém. Um dia espero que sintas o meu equilíbrio para podermos rir ao som da minha felicidade e da tua felicidade (isoladas mas em sintonia). Às vezes só tu entendes o que não se percebe... E é por isso que agora, enquanto te escrevo, tenho saudades tuas my sweetest thing!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nefertiti














Há quem fale de feeling, há quem fale de empatia... A verdade é que como se sabe, não há uma segunda hipótese para causar uma boa primeira impressão. Ou se cativa ou não se cativa... O culto da beleza não passa de moda, o corpo está no centro de todos os cruzamentos universais. Hipocrisias à parte, o corpo não é só um elemento biológico, é também através dele que nos distinguimos e que nos reconhecem. A identidade não provém dele, bien sur, mas é através do seu registo que nos atribuem uma identidade. Será que esta obcessão do marketing para a via da performance social deverá ser acarretada com um laivo de hiperbolismo? Não tem que se vender a pretensão de causar a sensação mas a sensação só se faz sentir através da emoção, o ego presente in the whole package! No entanto, e por muito que a imagem seja importante, não há maquilhagem para disfarçar falta de educação, incompetência ou falta de profissionalismo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Esperas...
















...que sentes desesperar

Só pela forma do olhar
Só pelo reflexo do espelho
Só pelo que foi e é velho
Só pelo presente que sentes
Só pelo futuro que entre dentes
Só sonhas ter na tua mão
Só enquanto sentes os Si's da canção
Só porque tens fome de viver
Só porque tudo te é belo ao anoitecer
Só porque és tu tão igual, o genuíno
Só porque tornas tudo tão benigno
Só nessa força de tantas quimeras
Só sabes que alcanças e por isso, esperas...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Comboio
















Tudo começa quando pensas que não estás a começar nada! Depois procuras num saco de compras o que alguém comprou para ti, mas até nele falta algo que realmente te inspire. A catarse de uma alma negra em metamorfose pode tornar-se escarlate, mas nos passos de uma epifania já débil! Um mal congénito que tem sede. A cura de uma psicose alada, com asas para se escapulir de um tabuleiro de xadrez! Um livro que já te dá páginas em branco para que construas o seu "Era uma vez...". Um começo quando pensas que não estás a começar nada! Uma estrada que terá as sinuosidades que tu tirares do alcatrão das tuas unhas... A fotografia no albúm da tua vida, tu... Tudo começa quando pensas que não estás a começar nada e mesmo assim pode ter sentido!

Teardrop



Como me aquecia o coração ter aqui estado ontem...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Miragem





















Numa rua de muitas ruas
Num andar de tantos passos
Num viver de almas cruas
Num descompromisso de laços!

Passei eu por ti, eu só
Estavas só e sem ninguém
E ninguém tem de nós dó
De nos cruzar para sermos alguém!

Um dia olharei eternamente os teus olhos
Deixarás de ser um singular sonho
A simplicidade bela mas sem folhos
Conseguirá colocar-me em ti onde eu te ponho!

Num dia escuro, presa na minha teia
Não tive no instante aquela coragem
Que irei ter na fenomenal lua cheia
Eu que tu deixarás de ser miragem!

sábado, 14 de novembro de 2009

Chapéus
















Está provado, mais que provado... O mundo ocidental é todo igual (ou muito parecido)! O mesmo tipo de caras, com o mesmo tipo de roupa, com o mesmo tipo de comportamento, com o mesmo tipo de interesses... As pessoas estão neste mundo para ser felizes, muitas vezes os caminhos que percorrem para alcançar essa felicidade é estranho e fora do alcance de uma compreensão saudável. Mas a verdade é que, desde que se disponha dos meios, todos querem alcançar os seus sonhos com a mesma veemência!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Desilluminati II






















Sem mais nada que dar de roer e mastigar ao pensamento contemplo o 7. Sinto-me gato e enfiou-me em forma nas curvas do 7. Recta, subir, dar a curva em cotovelo e repousar a cabeça numa extremidade mais à esquerda. Como num asana de yoga, entubando-me nessa energia e relaxando na posição.

Sou um gato e sou um 7. Tenho 7 vidas. 7 Arcanjos. 7 notas musicais. 7 cores no Arco Íris para escorregar até ao jardim onde caio e descanso no 7º dia de Deus. Sou um gato. Habito este local temporário enquanto descanso a minha alma avançada. Sou um gato e sou 7. Não é esquizofrenia. Sou 1 que sou 7. Vivo a minha multiplicidade em harmonia. Regem-me a existência 7 leis herméticas. 7 é a unificação do mundo. 4 espiritual + 3 material = 7 universal.

Não sendo dado a perguntas mentais para descobrir as coisas, pois limito-me a observá-las e vê-las sem o meu prejuízo, visto a pele de humano em evolução e assim pergunto: porquê 7? Se sou um gato que se expressa em português tenho 7 vidas, mas se me expressar em inglês, ou outra língua, tenho nine lifes.. Bonús cultural? Ou projecção em mim de significados cabalísticos relacionados com a significância dos números?

Porque tenho 9 vidas no resto do mundo? Sei da existência de um provérbio chinês que diz que um gato tem 9 vidas, porque brinca com 3, perde outras 3 e com mais 3 ele fica. 9 é o número de Deus. 9 para os Astecas dá azar. 9 meses de gestação. 9 etapas da evolução. 9 orifícios tem o corpo do mamífero. 9 é o último número e por isso considerado o fim do ciclo. Será por isso?! Chega-se ao 9 e temos o fim! Mas, isto não explica nada e até chego a considerar básico. 9 vidas, porque além do nove não há mais números puros? Acho que assim prefiro o 7 que espelha melhor a minha condição de ser unificado. São menos do que 9 é verdade. Mas, sinto-me melhor só com 7 se for esse o número que respeita a minha essência e ampla magnitude. É mais humilde também. Não porque humilde seja contentar-se com pouco, pequenino, pobre. Mas, porque ser humilde é ter a capacidade de reconhecer sem ego e sem vaidade a nossa grandeza e essência verdadeira.


Célia F
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Post - It





















Há um lugar onde quase tudo tem um ar de contemporâneo retro. Há um empowerment naive, mas acima de tudo uma sofisticação descontraída.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


Because the friendship that you gave
Has taught me to be brave
No matter where I go I`ll never find a better prize
(Find a better prize)

Though you’re miles and miles away
I see you every day I don't have to try
I just close my eyes, I close my eyes

We'll always be together
However far it seems
We'll always be together
Together in Electric Dreams














Aqui vos deixo o endereço do meu novo blog :)

http://www.sombra22coroas.blogspot.com/



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dança(s)?

















Resquícios, memórias, flashbacks, às vezes até dejá vu ilusório ou propositado. Mas as analépses que povoam os minutos das minhas horas estão tão cintilantes como as estrelas candentes que quero agarrar. Depois de as tocar posso acreditar que os meus sonhos se vão concretizar mal acabe de abrir os olhos. E agora aqui estás tu, qual alma penada que assombra as minhas noites, os meus dias, os minutos das minhas horas. Bom (?) de ver é que contigo vêm tantas outras partículas que se encontravam dispersas! Elas existiam, efectivamente nunca se desvaneceram mas não eram estimuladas a reunir-se outra vez de forma a provocar um encadeamento de visões e sensações tão lúcidas, tão coerentes e ainda por cima tão marcantes! Descobri outra vez que gosto de ti e pior, gosto de gostar!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Plasticina



















Só não somos o que não queremos!

Well Known Sinner



Then you light a cigarette
Then you tell me no regrets
(...)
You forgot
I really like to think

Archive

2 G.E.














Mesmo que se queira expressar, não há adjectivos para adjectivar. Mesmo que se queira encontrar, não há sentimentos definidos à priori para sentir. Não há livro de instruções! Quando tem que se reduzir a "vida" a uma mala de porão cujo limite máximo de peso são 20 kg, não se sabe o que se há de dizer. Vou levar o essencial para a minha sobrevivência... O essencial para a minha essência viaja sempre comigo, no meu coração. Esse não tem limite de carga, é de infinita dimensão!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009






















Este calor que ainda se faz sentir no final de Outubro pode ser muito agradável para os habitantes das zonas costeiras. A verdade é que traz abelhas ao meu quintal como nunca antes tinha acontecido nesta altura do ano e confunde os circuitos cerebrais de algumas pessoas...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009





















Descobri a alma da tua profissão. És isso mesmo, um bombeiro piromaníaco! Mas incautamente só apagas certos fogos depois de tudo ter ficado reduzido a cinzas...

Ovelha Choné



Como se já não bastasse ser a Ovelha Choné, o episódio é todo gravado pela câmara de um gaiato directamente em frente ao ecran do computador! Incrivelmente vê-se que é uma maravilha... Ahahahah!

Ending Of An Era

the huffing, the puffing
the money for nothing
the winnings, the losses
the burning of the crosses
the passion, the hunger
the lightning, the thunder
the murder, the mirror
the ending of an era
the fortune, the market
the children, the target
the lovers, the fighters
the writers that guide us
the future, the preachers
the teachers that reach us
the statement, the warning
the sirens, we set 'em off

Midnight Juggernauts

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Verbos





















As pessoas têm alma mas as almas não têm dicionários. Não existe forma de se atribuir um sinónimo, de se interpretar com total clareza ou até de se exprimir numa só língua um só sentir. A epistemologia já tem definição mas desengane-se quem pensa que algum dia conseguirá apurar o grau de conhecimento de uma mente. Ela mente, em si, para si e acima de tudo, sobre si. Na era dos paradigmas (esses presentes em todos os dicionários) os olhos têm que falar aos lábios o que estes ouvem e confessar que certos padrões não existem. Não existe um modelo de mim ou de ti. Vivemos em sociedade, sim. Regemo-nos por determinados comportamentos já instituídos como aceites ou desviantes, sim. Mas não me cantem temores ou esperanças porque não há uma regra única onde todos sejam capazes de apreciar o mesmo valor pelo espírito humano.

Cuba 1970



Dead Combo





















Life has no meaning the moment you loose the illusion of being eternal.

Jean-Paul Sartre

sábado, 17 de outubro de 2009

Tour de France















A vida é como a volta a França. Esperamos imenso tempo por ela e quando nos apercebemos passou num instante.

adaptado
Raymond Dufayel

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Power to You



:P

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

(o)caso






















Por mais que me custe, eu desisti
Dói-me ver-te em sofrimento sem rumo.
Nem tu sabes para onde ir e eu parti.
Para ti, ainda não há fio de prumo!

Agora vais esconder-te num adormecer
Numa dor que não se vê, camuflada.
Não sorrirás com coração, sem vender.
Vais construir na escuridão uma armada!

Ergues as tuas muralhas intransponíveis
Delimitas o teu círculo restrito, sem o ser
Todas as tuas insónias são susceptíveis
E só tu podes tomar o elixir e acontecer!

És tu quem te mata, mais ninguém!

Cynthia



I'm waiting for this test to end
for this test to end
Hi, I'm loosing myself in you, high
I'm loosing

Soap & Skin

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Happy Meal






















Uma realidade só é isso mesmo depois de se conhecer. Até lá, não existe, não aconteceu, não é real! Antes do amanhã, vive-se o hoje!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estupidez Cómica
















Frase de Vergílio Ferreira que sempre gostei de citar. Nela, a nossa forma de expressão reflecte o mar e as Descobertas, a passagem do Cabo Bojador, os velhos do Restelo e os que sonharam mais alto. Da minha língua vê-se aventura, a vida, os riscos e constrangimentos. Vê-se os vários povos que por aqui passaram e todos os que colonizámos. Vê-se as lágrimas das mulheres que ficaram, as saudades dos que partiram e a nostalgia que os envolveu como um manto de névoa. Para sempre. Da minha língua vê-se o mar, mas também as terras do interior. Os montes de Miguel Torga, as Terras do Demo de Aquilino Ribeiro, o Ribatejo que Almeida Garrett retratou e o Alentejo de Manuel Tiago. Vê-se o fado e o xaile preto. Mas vê-se também o Vira do Minho, o Corridinho do Algarve e o Bailinho da Madeira. Vê-se também as furnas e os chás açorianos, as mil e uma receitas de bacalhau, a ginginha e a aguardente, a tasca do senhor Manuel, a barbearia do senhor Chico e a dona Gertrudes que, como Deus, ainda costura certo por linhas tortas. Vê-se as aldeias de xisto, as mulheres e os homens do campo que despertam com o sol, às seis da manhã. Vê-se os suspiros fundos e os lamentos da alma: “Vai-se andando menina, vamos andando…”. Vê-se os “efe-erre-ás” das universidades, os anos de caloiro e as despedidas dos veteranos. Vê-se os doces conventuais e o azeite, a cerâmica, os bordados e a azulejaria. Vê-se a boa vontade em receber turistas e os idiomas que nos esforçamos por falar: “A la droite, and then to the left. É já ali, não há que enganar. “Mucho obrigado, volte sempre!”. Da minha língua vê-se o mar, os rios e as barragens. Da minha língua vê-se Portugal!


adaptado Ana Catarina Pereira

Crystalised


So don't think that I'm pushing you away
When you're the one that I've kept closest

The XX

Viagem






















É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...



Miguel Torga

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Arrepio















A minha cama tem varandas, imensas! Eu não quero mas sou chamada para elas enquanto durmo. De vento na cara, sonho sonhos de linguagens que não entendo mas que me fazem querer estar onde momentos sem identidade vão. Dão-me a mão e transportam-me em suspiros e gemidos de gargalhadas perdidas, num tom sem cor. Durante a noite assumem-se cheias de carácter, seguras de identidade incorruptível mas quando acordo não podiam ser mais coercíveis! Abandonam-me... Fazem-me girar em ponteiros que me dizem sim em vez de me dizerem não e me questionam as minhas direcções!

Gostava de saber qual é a minha fé mas o vazio não me deixa espaço!



Au Revoir Simone

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Un Mois

Poço





















Devastado num tumor cerebral
De negrume profundamente abissal
Até este pleonasmo sincronizado
Vive de ardor visceral mal curado!

sábado, 3 de outubro de 2009

Fogo Aberto















A minha cabeça rasga-se a cada minuto de tanto pensar em ti! Vivo num mundo entre a realidade de te pensar e a ilusão de te esquecer. Nenhuma das duas me é aprazível e nenhuma das duas se vai efectivar na plenitude!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Língua Ardente





















Sentir que niguém lê! Ou falando com justiça, sentir que toda a gente lê e ninguém sente. Não se sente o que não se consegue entender. Mas com vergonha, quem sente entende que assim é que tem que se ler. Há universos que não foram talhados para o consumismo, daí não venderem. Mas como não se vendem, também não se deixam comprar e caminham sempre ao som de uma distinção absurda. Acontece esporadicamente e com muita desorganização, mas existe. Não se maquilha aquilo que se quer viver, porque a viver é que se sente!

"It's All Or Nothing"





















Contraria o espelho escuro que te reflecte
Despe-te de desculpas, sê o que te compete
Retira ao teu esforço a ajuda da ambiguidade
Transforma gotas de suor em electricidade!

Percepções





















Geração Descartável [?]

Imagine





















Only You Can Make You Happy

Always More



Autokratz

In The Corner















No meio das tuas pulsações perversas, eu sou o fim do teu início. Nunca farei parte de ti, mas terás para sempre na tua pele a cicatriz da minha existência!


"I'm the one to forget
The one you won't regret!"

Knight Of Wands















When there's no one else to blame

And there's nothing left to say
Seeing changes everything
We can realize anything

Au Revoir Simone

quarta-feira, 30 de setembro de 2009





















Numa penumbra imensa não há discernimento para a afirmação saudável. A Leitora de Sombras sempre soube qual o seu olhar, ao que respondem os seus olhos. Mas neste momento, acompanhada de um pequeno gelo que alumia a esperança da alma, ela sabe que qualquer coisa tem que mudar. A preocupação reside no facto de começar a questionar até legitimidades camufladas por uma prepotência castradora. Os lugares existem só quando precisamos deles e o facto de ignorarmos os sinais não faz com que eles se desvaneçam. Continua, continua extenuada Leitora de Sombras! Um dia as tuas cicatrizes darão lugar ao cheiro dos livros!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

"There is so many options out there for you! Just keep exploring until you find something that just feels completely natural to you!"

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Derivas
















A destruição que atiras ao mundo não atinge quem pensas mas sim o âmago da tua degradação...

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