quarta-feira, 30 de setembro de 2009





















Numa penumbra imensa não há discernimento para a afirmação saudável. A Leitora de Sombras sempre soube qual o seu olhar, ao que respondem os seus olhos. Mas neste momento, acompanhada de um pequeno gelo que alumia a esperança da alma, ela sabe que qualquer coisa tem que mudar. A preocupação reside no facto de começar a questionar até legitimidades camufladas por uma prepotência castradora. Os lugares existem só quando precisamos deles e o facto de ignorarmos os sinais não faz com que eles se desvaneçam. Continua, continua extenuada Leitora de Sombras! Um dia as tuas cicatrizes darão lugar ao cheiro dos livros!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

"There is so many options out there for you! Just keep exploring until you find something that just feels completely natural to you!"

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Derivas
















A destruição que atiras ao mundo não atinge quem pensas mas sim o âmago da tua degradação...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

La Mouche


















Foi aí [The Bird of Music], logo à segunda faixa, que ouvintes de todo o mundo se deixaram embeiçar por "Sad Song", possivelmente a mais conhecida música do grupo e um bom exemplo dos jogos de luz e sombra que permeiam os seus três álbuns. Será que, conforme diz a letra, o que as pessoas querem ouvir são mesmo canções tristes? "Quando estás triste, acho que sim!", respondem as cantoras e teclistas. "Julgo que uma canção triste pode fazer-te sentir menos sozinho. A música fala-te sobre aquilo que estás a sentir e faz-te perceber que, afinal, se trata de uma experiência universal", analisa Erika. "Além do mais, quando estou triste adoro ouvir música realmente deprimente, para entrar melhor na tristeza, compreender melhor essa experiência. Acho que, quando mais fundo fores, mais facilmente podes sair [desse estado], em vez de ficares só ali à superfície".


Entrevista a Au Revoir Simone - Blitz

domingo, 20 de setembro de 2009

Doce





















Uma vela arde sempre até ao fim!

sábado, 19 de setembro de 2009
















O Contador de Suspiros não detinha o poder de mensurar o tamanho daqueles que eram exalados. Não! De alma cor de vinho e sangue, ele vivia em constante frustração. (Duplo) Obscurantismo esse em muito impelido pela tristeza de se sentir inútil. Tragicamente nem a sua índole rejubilação o coloria. Como tal, cedeu desalentado no momento de prosseguir a sua rota sem pulsações. Mas um dia o Contador de Suspiros percebeu. Aquiesceu que a sua vocação não se prendia com a contagem, o registo da frequência ou até a medição daqueles que materializam tantos, imensos, muitíssimos estados de espírito. Ele percebeu que acima de tudo o que até então iluminara o seu farol, a razão por que eles se soltavam, essa sim era magnânima. Entender qual a raíz da sua existência. Porque é que eles se instalavam no coração daqueles que eram a sua morada. Assim, desde a sua descoberta ele passou a voar ao som do seu talento. E o Contador de Suspiros tornou-se então o homem mais feliz do mundo!

Quem é Quem?






















"Um Homem que lê muito nunca cita com precisão!"

Hesketh Pearson

Strawberry Swing



Oh the sky could be blue I don't mind
Without you it’s a waste of time

Time


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Maré Sem Ondas






















Eterno espírito respeitável, assombração
Outrora doce, amargo, quase acre
Sem mérito sentenciam-lhe, a inquisição
Sem absolvição queima-se, o massacre!

Lembrado pela atitude, só táctil
Bebem nas suas lágrimas, indiferença
Verdade que se esquece, volátil
Beatificação sem morte, à nascença.

Um coração pulsante, carismático
De fraco tem tudo e nada, autónomo
É humano nada de espírito, sintomático
De uma disfunção perfeita, metrónomo!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

















"É preciso que às vezes, em vez das cores que normalmente vemos, pensemos que lá estão outras. Para nos rirmos de vez em quando e não ser sempre a mesma tristeza..."

Ana Bacalhau

E o Tejo é mesmo Violeta!

terça-feira, 8 de setembro de 2009






















Os olhos ardem-me com sonhos!

sábado, 5 de setembro de 2009

Solta A CORDA!!!















"Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vive de forma perdida
Coração independente,
Coração que não comando
Vive perdido entre a gente
Eu não te acompanho mais
Pára, deixa de bater
Se não sabes onde vais"

Tinha a vaga ideia de pertencerem a Amália, mas eras tu quem as detinha e realmente em ti fazem sentido. Protagonizam o coração, que por sua vez protagoniza tudo o que lá couber e em ti, não é pouco. Nem amá-la eras capaz e no entanto pagarás "multa". Jamais conseguirás viajar com o coração assim. Os limites de bagagem vão interpor-se sempre no teu caminho. Para ti são precisas toneladas de excesso de carga para a mala de porão, permissão...e compreensão, tanta, daqueles que nunca porão em ti outro olhar que não o censitório! Compreensão essa que não te vestem, tu não a recebes de quem não ta dá e quem a tem não ta quer dar. Nem daqui, nem dali. Estás abandonado! Vagueias com a barba por fazer de um vagabundo. Ai, e mesmo assim, mesmo vagueando, não encontras. Não encontras nem o caminho nem o vagar que se pede (que no fundo, és tu quem pode ter) e sem proferir uma palavra. Não falas, não matas porque isso seria em ti sinal de fraqueza. Eu digo-te, é sinal de estupidez! Não de burrice, de falta de destreza. A mental que necessitas para seguir o teu caminho e vagabundear simplesmente nas estradas do teu eu, sem tirares nenhum chapéu e sem te renderes aos dogmas daqui. Tens que sobreviver! E tu não és bicho de montra, tens o monstro sem coleira em ti, deixa-o morder. É tão difícil libertar-nos, não? Impossível? Nunca... Tens é que olhar para a estratégia, seres igual ao teu espelho mas com engenho, não lambas as feridas. Para além de inglório, magoa e tu não precisas disso (mais ainda). Não te mates em vícios que não procuras, consome só os do adiamento da ressaca amarga! Não metas aquilo que não te apraz porque te impingem, mata-te de overdose mas porque escolheste o produto e com deliberação quiseste voar orgasmicamente. Eu não sou a clareza em ti, não tenho direito de te amarrar às minhas clarividências. Mas no entanto vislumbro umas luzes que tu ainda não vês, o que me impele a ser veneno. Deixa a bengala e anda por ti, ao teu ritmo. Por favor não te preocupes com o que te aquece os pés, olha só para a frente do teu horizonte. Como gostava de te dizer isto, de te fazer entender isto. Tu sentes, mas nunca vais ouvir, vais aprender e vais viver a sorrir quando perceberes. Até lá serás simplesmente o superlativo relativo de inferioridade. Pó.






















Happy Birthday!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009
























...tecia fios sem sentido crónico
Porque não havia imperativos no destino
Aos olhos da razão era um selo irónico
Que selou a dúvida de uma passo malino

Renegou a tendência, sopra fúlgidos
Redime prepotente inquietações hostis
Em presságios reais, claramente plácidos
Renuncia até aos autóctones ardis

No mais clarividente luar influente
Que crave, reduza toda, qualquer sinestesia
Não, na fraqueza não nasce outro indigente
Impõem-se a reverberação que se auspicia

Distintamente privou de notoriedade
Aquela que congrega a distinção matiz
Passou sorrindo, agora vem outra celebridade
Mas estiveste onde estiveste, grandiosa e sempre de anis

Une étoile ne perd jamais son lustre!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Vícios


















No início do século XXI, o mundo encontra-se infectado pelos vírus da padronização, da normalidade acrítica e da resignação. O paradigma neo-liberal, nascido na década de oitenta do século passado levou ao seu esplendor o acrónimo T.I.N.A. (There Is No Alternative), espécie de slogan panfletário que resume, de uma forma mordaz, os ideais do consenso de Washington. Esta ordem das coisas, que de natural pouco tem, trouxe consigo as democracias decadentes (bem longe dos ideias gregos ou mesmo das teses contratualistas de Rosseau), políticos incompetentes, socialismos bacocos e…um grande vazio. Nas relações pessoais, o ideal é o da normalidade; o padrão torna-se norma de conduta e qualquer desvio é olhado de soslaio, com desconfiança. O hiper-consumismo faz esquecer os valores crus, as emoções à flor da pele. O amor é agora palavra para novelas e o ódio serve para ilustrar os fait-divers jornalísticos. Nada é vivido com a intensidade das emoções. A sintaxe toma o valor da semântica e as palavras valem pela sua aparência. No entanto, um grupo de pessoas resiste a este estado de coisas: vivem a vida pela vida, com a intensidade de um poeta maldito, ou de um actor suicidário a diletância de um saltimbanco ou a espontaneidade de um marinheiro bêbedo. É uma geração de gentes, mas não separadas pela idade. O que os junta são as emoções, a forma como as vivem e delas sugam a vida: o amor pelo amor, a paixão pelo ódio, a volúpia do suor e a sensualidade do sangue.

adaptado M.C.

Cheap & Cheerful



I'm bored of cheap and cheerful
I want expand some sadness
Hospital bills, parole
Open doors to madness


I want you to be crazy
'Cause you're boring baby when you're straight
I want you to be crazy
'Cause you're stupid baby when you're sane


I'm sick of social crazes
Show your sharp tipped teeth
Lose your cool in public
Did the legal meet


'Cause love is just a dialogue
You can't survive on ice-cream
You got to see me dancing dog


It's alright (it's alright)
To be mean (to be mean)
It's alright (it's alright)
To be mean (to be mean)


I want you to be crazy
'Cause you're boring baby when you're straight
I want you to be crazy
'Cause you're stupid baby when you're sane


It's alright (it's alright)
To be mean (to be mean)
It's alright (it's alright)
To be mean (to be mean)


It's alright (it's alright)
To be mean (to be mean)
It's alright (it's alright)
To be mean (to be mean)


I want you to be crazy
'Cause you're boring baby when you're straight
I want you to be crazy
'Cause you're stupid baby when you're sane

I want you to be crazy
'Cause you're boring baby when you're straight
I want you to be crazy
'Cause you're stupid baby when you're sane


The Kills

Talk To Me



Peaches

Flowers



Emilie Simon

Merci P. LN

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