quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Desilluminati II






















Sem mais nada que dar de roer e mastigar ao pensamento contemplo o 7. Sinto-me gato e enfiou-me em forma nas curvas do 7. Recta, subir, dar a curva em cotovelo e repousar a cabeça numa extremidade mais à esquerda. Como num asana de yoga, entubando-me nessa energia e relaxando na posição.

Sou um gato e sou um 7. Tenho 7 vidas. 7 Arcanjos. 7 notas musicais. 7 cores no Arco Íris para escorregar até ao jardim onde caio e descanso no 7º dia de Deus. Sou um gato. Habito este local temporário enquanto descanso a minha alma avançada. Sou um gato e sou 7. Não é esquizofrenia. Sou 1 que sou 7. Vivo a minha multiplicidade em harmonia. Regem-me a existência 7 leis herméticas. 7 é a unificação do mundo. 4 espiritual + 3 material = 7 universal.

Não sendo dado a perguntas mentais para descobrir as coisas, pois limito-me a observá-las e vê-las sem o meu prejuízo, visto a pele de humano em evolução e assim pergunto: porquê 7? Se sou um gato que se expressa em português tenho 7 vidas, mas se me expressar em inglês, ou outra língua, tenho nine lifes.. Bonús cultural? Ou projecção em mim de significados cabalísticos relacionados com a significância dos números?

Porque tenho 9 vidas no resto do mundo? Sei da existência de um provérbio chinês que diz que um gato tem 9 vidas, porque brinca com 3, perde outras 3 e com mais 3 ele fica. 9 é o número de Deus. 9 para os Astecas dá azar. 9 meses de gestação. 9 etapas da evolução. 9 orifícios tem o corpo do mamífero. 9 é o último número e por isso considerado o fim do ciclo. Será por isso?! Chega-se ao 9 e temos o fim! Mas, isto não explica nada e até chego a considerar básico. 9 vidas, porque além do nove não há mais números puros? Acho que assim prefiro o 7 que espelha melhor a minha condição de ser unificado. São menos do que 9 é verdade. Mas, sinto-me melhor só com 7 se for esse o número que respeita a minha essência e ampla magnitude. É mais humilde também. Não porque humilde seja contentar-se com pouco, pequenino, pobre. Mas, porque ser humilde é ter a capacidade de reconhecer sem ego e sem vaidade a nossa grandeza e essência verdadeira.


Célia F
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