sábado, 19 de setembro de 2009

Contador de Suspiros
















O Contador de Suspiros não detinha o poder de mensurar o tamanho daqueles que eram exalados. Não! De alma cor de vinho e sangue, ele vivia em constante frustração. (Duplo) Obscurantismo esse em muito impelido pela tristeza de se sentir inútil. Tragicamente nem a sua índole rejubilação o coloria. Como tal, cedeu desalentado no momento de prosseguir a sua rota sem pulsações. Mas um dia o Contador de Suspiros percebeu. Aquiesceu que a sua vocação não se prendia com a contagem, o registo da frequência ou até a medição daqueles que materializam tantos, imensos, muitíssimos estados de espírito. Ele percebeu que acima de tudo o que até então iluminara o seu farol, a razão por que eles se soltavam, essa sim era magnânima. Entender qual a raíz da sua existência. Porque é que eles se instalavam no coração daqueles que eram a sua morada. Assim, desde a sua descoberta ele passou a voar ao som do seu talento. E o Contador de Suspiros tornou-se então o homem mais feliz do mundo!

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