segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nem sempre























Tantas vezes vens mostrar-te um mártir, é ciúme
Finges que sofres, só por egoísmo, mas depois nem tu ficas imune
Apelas à quinta emenda apenas por conforto
E até aí evidencias tão bem o teu gosto amorfo
Tentas entorpecer o discernimento tornando a consciência cega
Já não te podem ouvir, para te calar dizem o “Sim!”, o que te sossega
E tu rejubilas, claro, na satisfação imensa, deveras tranquilo
A ti não te importa o como, o porquê, o que importa é senti-lo
Depois, mais tarde, vês que afinal nada foi mágico
Choras e esperneias lamentando um sorriso que acabou por ser trágico
Rejeitas o erro e deturpas aquela que te falta, clareza
Impões uma nova meta e prometes agora ter, destreza
Mas no fim acabas confortável a pairar num disfemismo
E confessa, tu gostas tanto de poder exaltar o dramatismo
Porque em vez de te perderes numa aparência vendável
Sê pessoa, não gente e faz-te alguém memorável
Mas memorável para ti, no teu interior, intelecto
Sabes tão bem que se quiseres consegues e és, selecto
Não condescendo agora a todas as acusações profanadas
Simplesmente tu tens sempre as atitudes tão bem manobradas
Que consegues, se quiseres (e queres), encerrar em ti um fiel
Um fiel a ti próprio, aos que te interessam mas não só no papel
Efectiva uma potencialidade envolta em jeito de poder
Deixa as desculpas, acredita que sim e assim acreditas no teu vencer!

1 fragmento(s) de riso:

André jesus disse...

Que lição..
Que forma de viver.

Abraço Clau