terça-feira, 14 de julho de 2009

Gavetas Sem Puxador























Vive-se numa constante imposição de situações e ambições que tantas vezes acaba por espelhar tudo menos a vontade de quem as ostenta. Hoje percebi que realmente estou envolta na falta de evidência e que esta (minha) natureza remete mais para a dúvida da pertinência. A verdade é que não há certezas, a simples certeza do que se processa nas nossas entranhas. No entanto, esta clareza aplica-se maioritariamente a factos de carácter menos positivo. Quando a frustração e a infelicidade nos cumprimentam, normalmente não ficamos incrédulos questionando a sua identidade. O mesmo já não se passa quando se rejubila no espectro do infravermelho próximo. Os "porquês" aparecem boicotando toda a naturalidade e tranquilidade do sentir! Questões como porque é que se sente felicidade, quanto durará, quando começará a sentir-se a dor, se é toda essa manifestação genuína ou somente subtrefúgio do nosso (in)consciente viciado surgem... Tantas mais situações há criadas por nós, construídas, alimentadas, decadentes, que definham e às quais declaramos o óbito. A verdade é que enquanto vivermos imersos nos nossos próprios preconceitos, não há herói nem espada que nos consiga salvar desta decadência em que nos soterramos. Desengane-se quem acha que se seguirmos simplesmente o nosso sentir alcançamos sempre a felicidade extrema. Verdade ou mentira, realmente vive-se na era da submissão, a questão é na submissão de quê.

Cada um faz o que quer, em prol da vontade que segue, para alcançar o objectivo meticulosamente estruturado, mas no fim, desculpa-se a culpa e...sai tudo ao lado!

1 fragmento(s) de riso:

André jesus disse...

Podemos ser toda a vida os nosso próprios e únicos herois... Mas tudo sabe melhor se tivermos quem nos salve. És realmente uma bonita gaveta com puxador... Quando aberta saiem palavras tão mágicas que rimam com tudo e todos. Bonito.

Abraço Clau!!!