Les Éclats De Mon Rire

Oh tu Sol que te levantas
que me trazes os predadores das minhas entranhas
nem a minha alma espantas,
tao divinamente impura, como as que nao apanhas
como nao possuis nesse inferno de amar!
Ninguem tao inexpugnavel
como os espiritos que dormem na Lua
aqueles que neste destino inefavel
me contemplam nesta noite nua,
nesta sombra do meu sombrio olhar!
Que se invoquem os corvos e os fantasmas,
os mochos e as corujas, o Inverno
terriveis como a crueldade que me pasma
que me envolve nesse mundo que me e' externo
e que me acusa de perder o odio que me faz chorar!
A minha tempestade desenrolando-se com complacencia
faz-me pensar que o mundo e' um pesadelo
que nem ira notar a minha eterna ausencia,
aquela que me acorda e no entanto esconde o flagelo
desta monstruosa perda que incessantemente me esta a atormentar!
E se me perdesse ali? Ali naquele sumptuoso astro?
Aquele que esta povoado desses autistas
que nem percebem este universo tao nefasto,
que me acordam sob a pressao de lobbies sensacionalistas
que nao me confortam e me fazem voar!
E porque nao ha uma unica testemunha?
Alguem que veja que eu vejo esta escuridao
que visse que lentamente a crueldade se impunha
e que outrora existiu em mim um bater de coraçao
que fatidicamente teria que deixar de sonhar!
Nesta minha insonia horrivelmente real
inerente a mim como uma agulha sangrenta e nesfasta
e que todos interpretavam como natural
mas ela nao era, e so agora que se afasta
me faz dormir no gelo sem me ameaçar!

So quero padecer na sombra da escuridao que me ira apunhalar...